A atual situação de pandemia resultou em uma quarentena, obrigando as pessoas a buscarem o isolamento social. O mesmo ocorreu com diversos estabelecimentos, que foram obrigados por lei a fecharem por tempo indeterminado.

Contudo, parte do comércio considerada como essencial obteve autorização para funcionar, desde que o mesmo siga regras rígidas de funcionamento.

No caso das padarias e panificadoras, que também são consideradas como comércio essencial, os cuidados com a higiene durante a manipulação e conservação dos produtos sempre foi bastante rígida e cautelosa, mesmo antes da pandemia.

Vale relembrar algumas instruções básicas de higiene na panificação, que consistem basicamente em um conjunto de ações para o cuidado com os alimentos, o que garante a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos de acordo com os regulamentos técnicos da legislação. Essas normas estão relacionadas principalmente com a higiene pessoal, cuidados na produção e na higiene dos utensílios e instalações. Isso tudo contribui para a produção de alimentos mais saudáveis e seguros, e deve ser aplicada em todas as atividades da padaria, para assim prevenir a contaminação dos alimentos e do ambiente, garantindo assim uma melhor qualidade de vida para os consumidores e profissionais.

Na ramo específico da panificação, a manipulação de alimentos apresenta características específicas em relação às outras indústrias alimentares que dificultam a aplicação das práticas higiênico-sanitárias. O principal desafio é a falta de conhecimento e capacitação de muitos funcionários, já que a desinformação sobre sua importância dos métodos de manipulação, acabam gerando um grande impacto negativo, o que é agravado pela alta rotatividade dos estabelecimentos.

Outro desafio é referente à estrutura física das padarias. É muito comum que esses espaços não sejam planejados para uma ampla atuação, culminando em um fluxo cruzado das operações, o que pode favorecer contaminações. Muitas panificadoras também podem possuir estruturas antigas e equipamentos que não permitem uma higienização adequada, o que dificulta os procedimentos.

Mais do que nunca, a Vigilância Sanitária tem ampliando a frequência das fiscalizações e se tornando mais exigente com as questões sanitárias. Muitos estabelecimentos já não podem continuar trabalhando da mesma maneira com que estavam atuando até então.

Os clientes também estão sempre atentos às medidas de segurança e de saúde. O próprio público percebe quando os alimentos estão sendo produzidos, mantidos ou manipulados de maneira incorreta, o que pode gerar reclamações, prejudicar as vendas e, na pior das hipóteses, pode culminar em uma denúncia.

Com a implantação das práticas higiênico-sanitárias, indiretamente acaba afetando toda a produtividade do negócio. Os clientes sentirão a diferença e confiarão em um estabelecimento que segue as normas de segurança a risca.

Já em caso de descumprimento ou negligência, o estabelecimento pode sofrer diferentes consequências. Dentre as punições previstas por lei,  estão à apreensão e a proibição de comercializar determinados produtos, a interdição cautelar do local, a suspensão de atividades de fabricação, multas ou até o fechamento do estabelecimento.

 

Cuidados higiênicos durante a quarentena do coronavírus

Maceió, 30 de abril de 2020
Venda de pães e outros produtos em padaria Brasilia, na Rua Comendador Palmeira, 160 – Farol, Maceió. Alagoas – Brasil.
Foto: ©Ailton Cruz

Evidentemente, todos os cuidados com a higiene foram redobrados durante a atual pandemia do Covid-19, que gerou entre outros aspectos uma mudança também na rotina e maneira de trabalhar.

Felizmente, as padarias e panificadoras foram classificadas no grupo de serviços essenciais, o que garante o funcionamento, mesmo diante da quarentena, desde que cumpra determinadas recomendações.

Fora todo o cuidado higiênico já comum no ramo, a situação exige também os cuidados padrão dentro da quarentena. O uso de máscaras, luvas e álcool em gel se tornou mais comum do que nunca, fora o distanciamento físico entre os funcionários.

No atendimento o delivery se tornou a prioridade, já que o consumo de produtos nos próprios estabelecimentos são inviáveis.

O distanciamento social exige que sejam evitados aglomerações de pessoas, por esse motivo, muitos estabelecimento limitam o número de pessoas dentro do ambiente, o que também é recomendado a ser feito com os funcionários, que muitas vezes revezam os turnos de trabalho, que por si só, também podem ser reduzidos.

Infelizmente, a demissão de funcionários pode ocorrer dada a atual situação e a necessidade de se manter o mínimo possível de funcionários contudo, essa é uma situação para ser revista com cautela, sendo apenas uma opção para último caso.

Vale lembrar que esses cuidados com a higiene já eram a maior prioridade em panificadoras e esses cuidados apenas foram redobrados durante a pandemia.

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